terça-feira, 20 de setembro de 2011

A culpa da péssima educação das crianças são dos professores?

Me formei como professora em 1993. Naquela época, claro que se tinha bagunça. Mas, bastava o professor entrar na sala que todos ficavam quietos. Naquela época, claro que tinha gente que ficava de recuperação. Mas, bastava este susto que logo o estudo ficava em primeiro lugar e logo a criança conseguia uma nota boa.

E hoje em dia?

O professor entra na sala. O aluno continua a fazer bagunça. As notas são péssimas. O aluno continua com nota ruim.

Mas, o que mudou nestes últimos 18 anos?

Boa pergunta e a resposta é: não sei. E se alguém tiver uma resposta concreta, sem teorias, baseadas na prática, vou querer saber. O que acontece hoje é uma incógnita. A escola possui professores dedicados, que investem em aulas diferentes, as escolas possuem recursos, sala de leitura, de informática, teatro, musica, filme, passeios....e o aluno? continua numa apatia que não parece ter fim. E quem tem mais dificuldade tem aula de reforço, atenção redobrada, psicóloga, enfim, desamparado não fica.

Numa aula da faculdade, um professor disse para mim que a culpa do aluno aprender é do próprio professor. DISCORDO. Sinceramente, se isso é verdade, é uma camada de menos de 5% dos profissionais, por que sou testemunha da dedicação destes profissionais em todos os sentidos. O professor hoje em dia se tornou um show man, onde a aula tem que ser um espetáculo para que a criança se interesse. E lá vai o professor criar recursos para atingir os objetivos. Mesmo se redobrando em show man, psicologo, mãe, pai, tia, educador, e tantas outras coisas mais, o professor por muitas vezes não consegue atingir seus objetivos.

Fica claro neste sentido que existe algo por tras disto. Alguma coisa que está mexendo com a cabecinha das crianças ao tal ponto que a educação está sendo banalizada. Mas, o que é?Dever de casa: pensar sobre isso.

Para acabar com o desabafo, tenho que comentar o que um aluno meu disse quando eu o questionei se ele não tinha medo de repetir o terceiro ano pela quarta vez: "Tia, não tem problema. Qualquer coisa eu faço um supletivo".

Comentários?
Bem, nem eu.

Texto: Professora Alessandra dos Santos Teixeira

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